13 de setembro de 2016

No exercício da coragem, iniciava a jornada. Deparou-se consigo mesma em vários momentos. Em alguns estranhamente não pôde se reconhecer. Em outros deparou-se com uma intimidade tão real que também não se reconhecia. Por sorte, a jornada ainda estava em seu frágil começo. Continuou, apesar da vontade de voltar. 

Viu a vulnerabilidade e quis levá-la consigo apesar de estarem à beira de diversos precipícios. Deu a importância necessária a ela. Jamais a ignoraria. Estavam parceiras desde sempre, mas quis olhá-la nos olhos como nunca. Seguiram.

Encontrou cada um de seus defeitos e guardou-os como uma mãe zelosa na espera que se desprendessem dela no momento certo. Aceitava-os sem pressão. E isso era tão novo... Gostava do novo. Aceitava as possibilidades mais remotas.
Deparou-se surpresa com um caminho de pedras. Eram as cobranças em ser isso ou aquilo. Resolveu ignorar de uma vez por todas. Seguiu pela grama. Descalça. E sorrindo. Foi quando encontrou o amor. Por si mesma. Ah... quanto carinho! Quanta vontade de saber mais e tocar seus próprios abraços! Descobriu uma amizade íntima entre ela e ela mesma. Alegria em ser sua própria companhia por tantos anos. Viu suas mãos, seus pés, seus corações. Eram tantas elas dela mesma... Nesse momento da viagem, ficou bela. Absurdamente bela. Suas células rejuvenesceram. Quem passava tinha contato com a mais pura beleza energética da auto-aceitação. Seguiu pela grama e tinha a seus pés a representação da plenitude pelo simples fato de ter escolhido o caminho da diversão. Lembrou que a vida não precisa ser levada tão a sério.
Seguiu na jornada como em um parque de diversões. Reconheceu alguém. Se aproximou e viu a criatividade. Solta. Louca. Emaranharam-se no gozo da libertação. Ideias brotavam de seus poros. Realizavam-se sem pudor em todos os âmbitos de sua vida. Estava livre para criar e ser a mais pura realização de si mesma.
Seguiu... no que ainda era somente o seu começo.

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